segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Reflecção

Assim nos encontramos, de costas viradas um para o outro. Recordo quando comecei a falar contigo, há tanto tempo que nem sei precisar. Pareceste-me alguém afável, bondoso, generoso. Saímos algumas vezes e tivemos outras tantas conversas. Sempre me pareceste tão seguro de ti... seduziste-me por isso. Apareceste numa altura da minha vida em que precisava de deixar de ser comandante, para passar a ser comandada. Mas nunca me passou pela cabeça que o hoje fosse ser assim. Comandaste demais, permiti ser quase apagada, como que um fantoche que apenas ganha vida quando pegam nele e o manipulam. Porém, jamais te posso culpar disso, já que assim o permiti que fosse. Relembro em retrocesso todos os bons momentos que tive contigo, cada carícia, cada beijo, cada momento de prazer. Talvez por isso sinta uma pontada aguda no peito ao tomar consciência do que somos hoje. Somos estranhos. És tão diferente de mim como eu de ti, mas será que tinha de ser assim?
Verifico que animais irracionais conseguem ser mais civilizados que os humanos. Talvez por isso eu me force a tornar-me mais nómada e independente. Deste-me muito, mas eu dei demais e o mais doloroso é mesmo não o conseguires admitir. Nada mais ouvirás de mim, we just can't get along...

3 comentários:

Mr. Mystery disse...

O que dizer? Profundo... agudo... sentido e triste... são os encontros e desencontros da nossa vida... assim se conjuga a geometria do adeus, sempre difícil... Mas o tempo, esse mestre e senhor soberano, encarregar-se-à sempre de atenuar a marca do ADEUS ;)

Unknown disse...

Ilusão

Unknown disse...

Ilusão desilusão

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