sexta-feira, 1 de abril de 2022

Solitude


A vida é simples se assim quisermos que seja. Mas nem sempre o nosso cérebro acompanha essa realidade. Podemos ter uma vida estável, feliz, sem problemas de maior para resolver. No entanto, surge aquela nuvem negra, que nos persegue para onde quer que siguemos. 

A música nem sempre ajuda. Tentamos puxar pelo lado racional, “está tudo bem, caramba!”, mas há aquela musicalidade com capacidade que nos eliminar o racional, que nos puxa para o pântano, que nos força a verter lágrimas, mesmo sem causa aparente. 

Instala-se então uma solidão imensa. Daquelas que, por mais acompanhados que estejamos, nos parece gritar ao ouvido “não chega! Estás só!”, uma espécie de curved ball da qual ninguém está à espera. 

O que fazer? Leio. Tomo como minhas as dores das mais diversas personagens. Imagino o que faria no lugar delas num passado longínquo em terras distantes. Extravaso no duche onde lágrimas nada mais são que água que sai de um chuveiro. Reconforto-me n prazer de um toalhão aquecido e fofo enquanto este me aconchega o corpo. Treino que nem uma louca para deixar o corpo exausto ao ponto do meu cérebro se conectar somente à dor física de músculos macerados. 

É quando o passado nos assombra, na altura em que o cérebro está exausto ou ausente. É quando a tristeza ou a ira de momentos passados insistem em se impor em “e sses?”. 

Mas a realidade sempre prevalece. Não haveria “e se” se o passado fosse realidade. E se não o é, é porque foi melhor assim. Não há passado bom se não se repercute na realidade. 

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