Hoje é noite de lua cheia. Noite de desejos e vontades, noite de admiração por uma esfera longínqua imensamente iluminada.
A lua cheia sempre suscitou inúmeras estórias, foi aliada de romances e testemunha de batalhas e ali permanece; na negritude do céu, impávida e serena, sem se pronunciar.
A lua cheia teve uma conotação especial entre nós. Sempre que surge, olho para ela e é inevitável pensar em ti. Mas perdeu-se algo. Não pela tua actual condição que, assim me confesso, me deixa mais tranquila, mas pela quebra ocorrida e inesperada que provocaste.
Há decisões que mudam tudo. Transformam aquilo que era e por mais que desejássemos que voltasse ao que era, nada fica igual, transformando-se numa miscelânea entre o desejo e a realidade.
Lua minha que tanto brilhas, entre defensores de reflectores do Sol e luz própria, foste testemunha, no tempo que já passou e jamais se voltará a repetir, do sonho, pesadelo ou, simplificando, do que poderia voltar a ser e jamais será.
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