Por vezes, a vida aparenta ser tranquila, radiante. Sorrimos e enfrentamos o mundo, exibindo uma segurança inabalável, altivos nas nossas certezas, erguendo muros que evocam outras épocas, que nos mantêm apartados daquilo que presumimos ser a causa do nosso desassossego. No entanto, o desnorte pode estar mesmo aqui, ao nosso lado, como uma sombra que nos drena a vitalidade.
Estou exausta. Sinto vontade de abdicar, de deixar de me julgar tão severamente, sempre com tanta exigência e expectativas próprias que, no auge da minha incessante busca pela perfeição, reconheço serem inalcançáveis. Estou sem rumo. Pouco sentido consigo tão pouco atribuir a estas palavras. Estou entorpecida. Vivo no piloto automático daquilo que é necessário fazer, mas afoguei as minhas vontades e desejos.
Fazes-me falta.
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