Sinto-te a observar-nos. Petra, sempre sensorial, deixa a decisão para mim. Troco o olhar contigo e convido-te a aproximares-te. Pelo meu olhar, entendes que a Petra é minha, não tua, e avanças diretamente para mim. És quente; o teu toque escalda-me a pele e a tua língua arrepia-me ao percorrer-me os lábios.
Petra continua a acariciar-me, entra em mim e recolhe o meu néctar nos seus dedos, oferecendo-tos a provar. Estremeces e decides descer até à origem desse sabor, enquanto a Petra me beija intensamente. O nosso suor mistura-se e só os meus gemidos ecoam para além das paredes da suite. Petra invade-me um mamilo chupando-o com mestria.
Tu afastas-te da minha fonte e puxo-te até aos meus lábios, para me saborear da mesma forma. Encaixo-me no teu colo de uma só vez, numa estocada forte, escorrida e quente. Gememos em uníssono, incapazes de justificar o que estamos a sentir. Somos sensoriais. Arranhas-me as costas e montas-me de forma rítmica, cíclica, acelerando progressivamente enquanto os meus gemidos se tornam mais sonoros.
O vento lá fora amaina, e o ramo, resignado à sua sorte, assiste ao desfecho final, onde três corpos caem em êxtase numa cama de lençóis de cetim. Retenho somente o teu sussurro ao meu ouvido: “na próxima, serás exclusivamente minha.”
1 comentários:
Quando o caos se transforma em harmonia; quando as fronteiras entre a mente, o fogo dos nossos corpos e a nossa identidade são dissolvidas num paradoxo entre o controlo e a entrega, onde o desejo efémero e insaciável se funde entre os corpos, na busca infinita daquele momento de explosão que nos liberta, ainda que de forma temporária. Por momentos apenas observo, até delicadamente juntar-me a Petra e sentirmos juntos o sabor do teu mamilo nas nossas bocas.
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