segunda-feira, 5 de abril de 2010

Desejos


- Tens uma pele... ai Alice... a tua pele é deliciosa... só me apetece tocar-te e ficar aqui a cheirar essa tua pele maravilhosa – Dizia-me ele, nós na minha sala sentados no sofá na hora de almoço, com música de fundo. Tinha vestido um top cor de vinho com decote em V, estava de mini saia de ganga, meias pretas e botas da mesma cor de tacão e cano alto. Realmente sentia-me sexy. Estou mais magra e as minhas mini saias acentam-me muito melhor agora.
Tinha estado com ele duas semanas antes – depois de muitos olhares e flirts sem maldade em anos de trabalho em conjunto - naqueles típicos primeiros encontros longe da civilização geral – afinal somos ambos casados e não um com o outro, se é que me entendem – dentro do carro onde se trocam meras palavras e onde um simples olhar mostra tudo o que queremos. Mas nesse dia, não houve fogo para apagar, foi algo muito terno, que aconteceu. Engraçado... parecíamos dois namorados de liceu, eu deitada no colo dele e ele beijando-me ao de leve e fazendo-me festas, enquanto eu olhava completamente tranquila o céu azul por cima de mim.
Mas desta vez foi diferente. Estava especialmente excitada. O toque dele dava-me sensações eléctricas por todo o corpo e, muito embora a minha consciência estivesse activa, começou lentamente a ser anestesiada, pelo perigo de estar na minha casa com outro homem, pelas sensações que me estava a transmitir, pela respiração ofegante que começava a ouvir-se no ar. Deixei-me ser despida, já na cama reparei que não me sentia envergonhada por estar completamente nua frente a outro homem. Fiquei estupefacta com o que estava a sentir, uma paixão a subir de forma urgente, aquela sensação no peito a pedir mais e ele ali, a acariciar cada centímetro do meu corpo, a admirar-me, a beijar-me com desejo e a deixar-me louca que entrasse em mim.
E entrou, primeiro calmo comigo a dizer-lhe que não podia estar a fazer isto (maldita consciência), mas ele continuou, continuou, mais rápido, mais fundo... e senti-me a tremer de desejo, a conciência apagou-se e não existia nada mais além de nós dois num quarto a gozarmo-nos mutuamente. Sentia-me a arder de febre, beijei-o com fervor, querendo que aquele momento não acabasse mais. Até que atingi o clímax, fiquei quase a perder os sentidos de tão inebriada que estava e depois foi ele e deixou-se cair em cima de mim, suado, gozado.
Durante todo o tempo, a minha consciência nada disse, acredito que tenha finalmente entendido que era o que eu desejava por mais errado que a sociedade em geral pense acerca deste assunto. Mas não pude evitar. Ele excita-me com as suas palavras mesmo estando longe. Estivemos em jogos sedutores, mesmo depois de termos gozado, com o quarto impregnado com o cheiro a sexo acabado de fazer, beijámo-nos, acariciámo-nos, eu a ouvir a sua respiração ofegante, a gemer por me ter agarrada a ele. Gosto de me sentir desejada, gosto de provocar gemidos de prazer só por tocar levemente na pele, dá-me tusa para f***r outra vez. Mas não aconteceu. Quis deixar para depois, para outro dia. Quis deixá-lo doido e pela sua reacção consegui, senti-lhe os beijos mais ofegantes, rápidos, carregados de desejo e só de pensar nisso escrevo já excitada, molhada. Quero-o. Tanto que se passaram apenas 2 dias e só me apetece f***-lo outra vez.
Corpo de sereia, diz-me ele. Pois aparece, antes que a sereia não aguente mais e tenha de mergulhar na sua consciência moralmente correcta novamente.

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