quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dona de casa desesperada...

... é assim que me sinto. O ar não chega aos pulmões da minha alma. Sufoco lentamente até que as lágrimas caem do meu rosto, não sei se por tristeza, angústia, frustração, incompreenção. Ocupo-me. Lavo, limpo, faço, repito tudo outra vez, mas não deixo de ser isso mesmo. Uma dona de casa desesperada, com os seus segredos obscuros, os seus sentimentos e emoções escondidas por trás de uma face aparentemente terna e simpática.
Escrevo para mim hoje. Referi a uma amiga, a escrita é o espelho da alma. E a minha alma está sobrecarregada, de tudo e de nada. Com o bom e com o mau, o doce e o amargo, o frio e o quente. Sinto tudo ao mesmo tempo o que me provoca vertigens. Não é isto que quero sentir. Quero o sol de volta à minha vida, que embora todos o vejam lá fora, a minha alma continua sufocada na escuridão. Sinto o peito apertar a cada segundo que passa, quero respirar mas os meus pulmões não reagem como deviam, continuam fechados. Estou a afogar-me em todas as lágrimas que ainda não consegui expelir.
Mas o sol vai voltar. Nesta ou noutra galáxia, haverá um sol para me aquecer a alma e me tirar o buraco que tenho no peito. Haverá O Sol, ou outro. Pois a paixão é a minha droga, é aquilo que me faz viver, que faz com que os meus pulmões se abram para receber o ar primaveril, carregado de cheiros e aromas apetecíveis. Quero sentir tudo o que senti novamente. Quero rir, quero que me gozem sem medos ou preocupações. Quero o momento, não quero o depois. Quero aquelas palavras que me aquecem a alma como o sol me aquece a pele. Quero tudo aquilo que mereço.
Está de parte o tempo cinzento, mesmo que ele volte lá para fora e cubra o sol. Mesmo que arrefeça, não me vou permitir arrefecer com ele. Sou boa demais para que me deitem abaixo com palavras ilusórias, que me elevam ao mais alto topo da montanha e que, de repente, me empurram para o abismo.
A Alice estará sempre no seu devido lugar; Wonderland. Escrevendo para mim, a alma começa lentamente a clarear, os pulmões lentamente a abrir e começo finalmente a respirar.

Wonderland Alice está de volta.

1 comentários:

Anónimo disse...

O Sol volta sempre que quisermos. Somos mulheres, mas acima de tudo guerreiras. Somos fortes porque temos que o ser, somos nós: destemidas, corajosas e acima de tudo teimosas!
Queremos tudo e nada, queremos a nossa liberdade, o nosso espaço, a nossa vida, da forma que a quisermos viver.
Nos nossos termos, somos viajantes que se aventuram no desconhecido que é o imenso mar da vida. Somos eternas descobridoras que mergulham sem dó nem piedade, no desconhecido, onde outros (supostamente mais fortes) vacilam e desistem, nós continuamos, porque fomos forjadas no fogo da coragem e da resistência.

Sim Alice, continua no teu wonderland e lá me encontrarás, sempre que necessites, pois somos 'almas irmãs' neste imenso desconhecido que é a vida!

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