
Andamos de costas viradas, cada um quase com a sua vida independente, trocamos palavras e um beijo leve "porque é assim que fica bem", fazemos planos materiais, mas não existe futuro emocional. Esse vai secando, como uma folha no início de Outono que acaba inevitavelmente por cair por terra.
Lembro-me como tudo começou, paixão ardente, onde nos gozávamos a qualquer hora do dia ou da noite, a toda a hora, quando me davas prazer assim, sem nada fazeres demais. Mas agora não. Agora é sexo que tenho contigo, onde existem toques directos no ponto que interessa para que estejamos minimamente estimulados, e onde tudo acaba depressa e mal dirigimos a palavra um ao outro. Faz parte. É simplesmente mais uma obrigação. Algo que tem de acontecer no casamento.
Olho novamente para aquela foto. Sim, fomos felizes. Mas eu não o sou mais.
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