O dia corre devagar. Entretenho a mente ocupando-me com funções vulgares e obrigatórias do dia-a-dia, mas assaltas-me o pensamento quando menos o espero. Sinto ondas de calor a invadirem-me o peito, que se distendem progressivamente por todo o meu corpo mas sacudo-as rapidamente na vã tentativa de me manter sóbria no que tento desempenhar.
A tarde passa calma, passeio-me para cima e para baixo no meu palácio com roupas leves que me provocam um arrepio ligeiro sempre que me cruzo com a brisa do exterior. Recebo notícias tuas e transporto para imagem tudo aquilo que descreves. Acabo por optar por um banho de espuma, entro e tento relaxar de olhos fechados e pensamento sereno. Escuto o início de uma Primavera que chega, misturada com o som de água perfumada em movimentos calmos. Passo as mãos pelo corpo e pelo rosto e sinto a ansiedade calmamente a ir embora, mas quando está prestes a desaparecer escuto uma batida decidida na porta.
Fico irritada, todo o esforço para manter o meu pensamento longe de ti cai por terra enquanto enrolo uma toalha curta no corpo e a prendo no peito. Caminho em bicos de pé, como se estivesse calçada com um tacão alto, em passos curtos e rápidos para a porta e pergunto ainda irritada: "Quem é?" - mas ninguém me responde.
Intrigada, espreito pelo óculo da porta e o que vejo deixa-me subitamente deslumbrada. Não consigo ver quem as segura, mas na minha frente vejo um bouquet de rosas negras com um laço cor de sangue acetinado revestido a renda preta. Abro a porta do meu palácio com precaução, tentando ver quem está por detrás daquelas rosas únicas para mim... és tu.
A tarde passa calma, passeio-me para cima e para baixo no meu palácio com roupas leves que me provocam um arrepio ligeiro sempre que me cruzo com a brisa do exterior. Recebo notícias tuas e transporto para imagem tudo aquilo que descreves. Acabo por optar por um banho de espuma, entro e tento relaxar de olhos fechados e pensamento sereno. Escuto o início de uma Primavera que chega, misturada com o som de água perfumada em movimentos calmos. Passo as mãos pelo corpo e pelo rosto e sinto a ansiedade calmamente a ir embora, mas quando está prestes a desaparecer escuto uma batida decidida na porta.
Fico irritada, todo o esforço para manter o meu pensamento longe de ti cai por terra enquanto enrolo uma toalha curta no corpo e a prendo no peito. Caminho em bicos de pé, como se estivesse calçada com um tacão alto, em passos curtos e rápidos para a porta e pergunto ainda irritada: "Quem é?" - mas ninguém me responde.
Intrigada, espreito pelo óculo da porta e o que vejo deixa-me subitamente deslumbrada. Não consigo ver quem as segura, mas na minha frente vejo um bouquet de rosas negras com um laço cor de sangue acetinado revestido a renda preta. Abro a porta do meu palácio com precaução, tentando ver quem está por detrás daquelas rosas únicas para mim... és tu.
Ofereces-me um sorriso suave e entras de passo decidido, enquanto continuo estupefacta a olhar-te, com a batida cardíaca a ocultar-me a audição exterior. Estendes o bouquet para mim assim que fecho a porta e me sussurras no ouvido enquanto me enlaças a cintura e me levantas do chão: "Surpresa Alice..." - Senti-me quase a desfalecer ao ouvir a tua voz e ao sentir o teu cheiro. O meu coração dispara uma vez mais devido ao teu abraço apertado que me desperta para outros locais. Tenho o cuidado de colocar o bouquet na consola e pego no teu rosto com as duas mãos, ainda molhadas com réstias de espuma perfumada e respondo-te de forma quase inaudível: "Tive saudades tuas..."
2 comentários:
Faltou o bouquet, é verdade (my bad). Mas tenho uma rectificação: Não é "tive saudades", mas sim TENHO Saudades...
Existe sempre associado a essa palavra de essência muito nossa, o sabor das saudades que se nos estampa na pele, mas sobretudo no pensamento. Bjo
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