Sinto-te. Sinto a falta que me fazes. Sinto as cócegas da tua gargalhada nos meus ouvidos, o relaxar que a tua voz me provoca.
As nossas palavras enlaçam-se umas nas outras numa prosa coesa. Ou num poema estruturado?
Sentes-me? Gostas-me? Desejas-me? Entro no duche com a tua voz na minha memória. A água substitui as tuas mãos enquanto me cobre o corpo, com a sua temperatura quente, confortável.
Queres-me? Foder-me-ias aqui e agora? Os meus músculos relaxam do esforço que lhes provoquei. Embrenhada uma vez mais na floresta, a ânsia de te ler tomou conta de mim. Cada recanto nesta natureza intocada, na ausência de ruídos mundanos, onde a brisa acaricia a copa das árvores, me faz desejar-te. No aqui. No agora. No sempre. No para sempre. ♾️
Anda. Despe-me a toalha que me aconchega o corpo. Faz-me sentir a tua língua no meu entre-pernas através da tua voz, o calor na minha pele através das palavras que me escreves, o êxtase premeditado no vórtice que nos une.
Vem-te. Rosna para mim, assim como rosno para ti.
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