As paixões são assim. Intensas. Febris. Fugazes. Mas todas terminam da mesma forma. Em epílogo.
Uma estória que tinha tanto de promissora, com aquela sinergia, aquela simbiose, aquela sensação de identidade em corpo alheio que mais parecia sermos um só. Pensando bem, tanta semelhança a vir ao meu encontro quase me soa agora a algo trabalhado, simulado, manipulado. Uma tamanha crueza de pensamentos com tamanha intensidade dificilmente existe em dois seres diferentes, com o seu intelecto ao estilo reflexo de espelho.
Foi uma falha crassa, a tua. Analisando bem as nossas dissertações, tudo me soa a forçado, a algo criado propositadamente para vir ao meu encontro, ao meu agrado.
Não. Seria bom demais seres real, sincero, cru, idêntico, simbiótico. Mas não existes. És uma criação de ti próprio na sombra da Alice. Uma cópia num molde forçado para se (tentar) igualar, mas falta-te a essência, a sinceridade, a crueza da ingenuidade, o sentir o mundo, o largar subterfúgios, o deixar fluir. Sem filtros. Na manipulação, nada disso pode ser simulado sem que acabe com o desfecho desta estória.
Podias ser tanto. Mas nada és. Mantém-te no teu pontão. Nada percebes de tempestades.
As paixões são assim. Intensas. Febris. Fugazes. Mas todas terminam da mesma forma. Em epílogo.
3 comentários:
Tanto haveria por dizer. Tanto haveria por fazer…
Vamos deixar o futuro do pretérito e mantermo-nos no aqui e agora? Tanto há ainda por dizer e fazer... ;)
Façamos então!
Enviar um comentário