A sinergia, a simbiose, a compatibilidade, tudo quebra perante a força da rotina. Rotina de merda. Vínculos de merda. Prometemo-nos crus, sem filtros, sem merdas e no fim, quebramos perante a rotina à menor oportunidade de a quebrar.
Não passamos de seres acobardados. Parecemos os velhos que aparecem na televisão a reclamar de tudo, para no fim colocarem a cruzinha sempre no mesmo lugar. Talvez para lhes legitimarem o direito a reclamar. Já chegámos a este patamar?
Ando aqui a ouvir "big girls cry when their hearts are breaking". Que poder tens tu para me partires o coração? Aquele que te atribuí, certamente, por me travar antes de ti, por te criar inseguranças infundadas embora eu própria as tenha?
A minha tarde foi de expectativa. Desejei seriamente que me contrariasses, que me mostrasses as possibilidades daquilo que antes estava a querer negar. O teu último silêncio foi avassalador, mas empolgante. Cheguei ao Porto, desfiz a mala, refresquei-me, maquilhei-me, vesti-me e estava com aquilo que apelidaste a meio da tarde; power.
Para quê? Para a rotina levar a melhor? Para os vínculos intactos se manterem intactos como sempre ficariam, aliás? Apetece-me gritar.
Não estás aqui. Onde está a sinergia, a simbiose, a compatibilidade?
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