Voltei. Voltei onde te vi e ouvi pela primeira vez. A copa das árvores protege-me do vento que tem fustigado nos últimos dias, mais parecendo estar revoltado com o mundo.
Mantenho-me em silêncio após me forçar a voltar a aqui. Não tenho designação específica para o que me assalta interiormente, mas mantenho-me serena. Entendi que mal entraste na minha vida, permanecerás nela para sempre, não adianta tentar esquecer-te. A vida continua e mereço voltar às minhas rotinas sem permitir que me assombres.
Receios infundados. Não me assombras, de todo. Converso a teu respeito e sorrio pelas memórias que me deste. Sorrio com a lembrança da tua gargalhada. Sorrio ao recordar determinadas palavras proferidas no meu ouvido.
Respiro fundo com esta minha (nossa) natureza exclusiva como banda sonora. Já fazes parte de mim. Seja como antes ou agora, seja como, eventualmente, num futuro diferente, fazes parte de mim de uma forma boa. És(me) importante. Creio que sempre serás.
O limbo terminou. Não consigo odiar-te.
Esta é a minha ode ao amor. E está tudo bem.
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