domingo, 6 de novembro de 2011

Noite embriagada

Todas estas luzes se apagam assim que chegamos. Fica um convento, apenas iluminado por um farol distante e uma lua luminosa. Sinto-me inebriada. De garrafa numa mão e copo na outra, dispo-me de preconceitos e vou dançando e cantarolando, enquanto me vês divertido de sorriso nos lábios encostado ao carro de braços cruzados.
Sinto-me quase sem chão à medida que vou saltitando de salto alto ainda com cuidado para não cair enquanto algumas gotas geladas começam a cair nesta noite de Outono. Começo a girar em torno de mim mesma de rosto virado para o céu e de olhos fechados de modo a sentir as gotas na minha face quente. Caio, como seria de esperar enquanto te oiço soltar uma gargalhada à medida que vens para junto de mim. Rimos os dois, sentados no chão frio e molhado até que o silêncio dos nossos olhares cruzados toma lugar.
Passo-te a mão no rosto, nos lábios. Aproximo-me de ti e beijo-te levemente ao mesmo tempo que contornas a minha cintura e me puxas para ti. Esquecem-se as fotos que se iam tirar, esquece-se o local e apenas ficamos a sós com a escuridão, o ruído das ondas lá em baixo e a luz esporádica do farol. Apertas-me bem junto a ti e sinto-me estremecer. Não estamos frios, estamos ambos quentes e a chuva que cai não nos incomoda. Levantas-me e encaminhas-me para as arcadas do convento, mais resguardado e escuro e vais despindo a minha camisa à medida que avançamos.
Encostas-me à parede. Nem me tiras a camisa, agrada-te vê-la apenas aberta, colada junto ao meu corpo molhado. Não perdes mais tempo, percorres-me as pernas até parares nas ligas, sobes-me a saia e consomes-me assim mesmo. Sinto ondas de calor no meu corpo, agarrando-me a ti com força. Os nossos gemidos ecoam pelas arcadas do convento, mas nada nos preocupa. O momento é nosso, único. Passo-te com a língua no pescoço enquanto me beijas o peito duro do prazer que sinto.
Sinto-me em êxtase e explodimos em simultâneo. Abraço-te e contorno-te a cintura com as pernas, enquanto nos desces até ao chão molhado, exaustos e exacerbados. Entreolhamo-nos com a mesma questão na mente; o que acabou de acontecer? Afastas-me o cabelo molhado do rosto e tocas-me levemente nos lábios. Não falamos. Pegas-me na mão e seguimos para as traseiras do convento. Ficamos lá, abraçados um ao outro, ouvindo o mar e vendo o nascer tímido de um sol fraco.

1 comentários:

Voluptatis disse...

Belissimo...


Visite nos em
www.voluptatis1.wordpress.com

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 
Wonderland Alice. Design by Exotic Mommie. Provided By Free Blogger Templates | Freethemes4all.com
Free Website templatesfreethemes4all.comLast NewsFree CMS TemplatesFree CSS TemplatesFree Soccer VideosFree Wordpress ThemesFree Web Templates