E agora? O que faço comigo? Contigo? Connosco? Mal me afasto e já a tua ausência se infiltra na pele como fome antiga. Quero mais. Quero o teu toque a marcar território, a tua mão firme a puxar-me para a parede, o teu corpo a empurrar o meu como quem decide que acabou o jogo. Quero-te atrás de mim, a morder-me o pescoço enquanto o fecho do vestido cede às tuas intenções. Quero que me voltes a virar para ti, que deixes o vestido cair sem cerimónia, que me contemples em lingerie negra e meias de liga como se fosse uma provocação feita à tua medida. Quero o teu sussurro quente no meu ouvido a admitir que já não consegues adiar aquilo que te devora.
E agora? O que faço comigo? Contigo? Connosco? Toca e foge. Aproximação e recuo.
Estou em chamas e não encontro forma de me apagar.


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