Tentei. Juro que tentei. Permiti a tua proximidade, até houve quando a tenha exigido, permiti o teu toque, permiti que me fosses descongelando de um estado de pura dormência. Agradeço-te, em parte, por isso.
Os dias vão passando e já não tenho aquela ansiedade em ver-te. As nossas diferenças vão ficando cada vez mais evidentes e não consigo ignorá-las. Aliás, até prefiro ver-te menos e menos. Sinto que te faço mais mal que bem, sinto que não é justo para ti continuares a ver-me sob a premissa de uma esperança de algo que não voltará mais.
Não há paixão. Muito menos amor. Há somente o reconhecimento que me foste importante no meu acordar, para me reencontrar, para redescobrir a minha essência. Terei sempre um carinho imenso por ti, pelo teu abraço-cola, pelo teu sorriso fácil.
Somos de mundos diferentes. Sentimos de forma diferente. Eu sou uma tempestade, tu és um porto seguro. Eu preciso de ondas e trovões, tu precisas do calor e conforto da lareira enquanto ouves o vento lá fora.
Discrepantes.
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