Hoje saí. Percorri estradas militares, paióis, casas de guarda, canhoeiros e fortes em geral. Percorri ruínas de passado carregado, pisei onde outrora existiram carros de bois a transportar fardamentos, ferramentas, soldados feridos, alimentos. Transportei-me para o ano de 1810 ao som de balas disparadas não muito longe da minha localização.
Gostei muito, sabes? Local novo, por explorar, onde não tenho as memórias que tento apagar em vão. Sinto (muito) a tua falta. Fazes (me) mesmo muita falta. Esta é a minha forma de não te deixar morrer. De evitar o limbo em que (ainda) me encontro porque não te quero odiar. Porque não acredito que foi tudo simulado, nem acredito nas justificativas apresentadas sem qualquer sentido.
No fundo, sei. Sei tudo. Senti tudo. Talvez a minha clarividência não seja uma característica que nos é comum, no separar realidades. Mas mesmo com o discernimento correcto, com a sagacidade que me é intrínseca, continuo a desejar(te), a querer ver(te), a querer as cócegas que a tua gargalhada me provoca. És uma dualidade, para mim, como outrora já (to) admiti.
Continuarei assim. A escrever(te). Quem sabe um dia retornas? Continuarei sim, a escrever(te). Até deixar(es) de (me) fazer sentido.
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